Sou de uma inconstância quase sufocante
de humor, de afeto, de amores. Rio demais e muitas vezes em silêncio. Gosto de
observar, analisar, esquecer... Eu me chateio fácil, magoo-me com detalhes,
choro com frequência. Sou daquelas almas sensíveis, surreais, anormais.
Também sorrio, ora de verdade ora
dolorida. Mas sempre sorrio. Disfarço-me em meus lábios. Troteio em minhas
palavras. Ludibrio com meu olhar. Nisso, enganando a mim também. Minha solidão é
cativa, cria minha. Pouco percebida, muito menos anulada.
Vivo e sobrevivo! Porque em partes sou
assim... O que eu quiser de mim! Construo-me nesses detalhes, bons ou
não. Sempre importantes. Sigo respirando, querendo amar sendo amada. Tentando ignorar defeitos, exatidões, despreparos. Embora sempre crítica e desconfiada, desejo desprender-me dessas inseguranças e viver o amor que a vida me der...