Parece estranho, mas a lesão medular me trouxe boas coisas. Uma das principais foi estar mais perto da minha mãe.
Quando sofri o acidente, imediatamente meus pais foram para Brasília. Não consigo imaginar o choque e a dor que sentiram quando receberam aquela ligação. Dois dias depois da minha cirurgia, meu pai – Fernando - teve que ir embora por conta do trabalho dele. Ela ficou.
Ficou firme, forte e corajosa. Incrível é de onde elas tiram tanta força: do Imaculado Coração de Maria. Nossa Senhora acompanha até hoje a minha mãezinha.
Ficando, abriu mão de planos que eram importantes para ela. Naquele semestre terminaria o curso de pedagogia, depois de quatro anos de notas máximas e sendo referência na faculdade. Depois de uma vida inteira dedicada às suas meninas. Isso me incomoda. Por conta desse acidente ela abriu mão de algo que gostava. Agora, ela tenta retomar, mas é difícil compensar matérias.
No começo, incomodei a minha mãe. Era tudo diferente, tudo tão limitado, que eu não sabia como fazer, como pedir e mais ainda como aceitar o que os outros faziam. Julgava que se eu fizesse teria mais acerto. Esse detalhe foi muito difícil de lidar.
Apesar de ela ter tido uma santa paciência, brigamos algumas vezes. Na verdade eu chiei muitas vezes. E segundo ela, só sendo mãe pra me agüentar. Ainda bem que o tempo melhora as coisas.
Durante esse ano, ela descobriu vocação para várias profissões. Psicóloga enquanto me ouvia questionar tantas mudanças, fisioterapeuta alongando minhas pernas, terapeuta ocupacional me ajudando a exercitar as mãos, nutricionista me impedindo coisinhas deliciosas que só engordam, cabeleireira me deixando bonitinha. No meio disso tudo, ela ainda é mãe!
E que mãe! Em Brasília conseguiu eliminar algumas matérias da faculdade, a monografia fez enquanto estávamos internadas e tirou 10!
Minha mãe é forte, não me lembro de tê-la visto chorar. Ao contrário, sempre firme me empurrando pra frente, não me deixando desanimar. Ela me faz ter fé de minha melhora sempre que olha para mim. Dá força para lutar.
Ela se chama Maria do Socorro. Minha mãezinha. Quem sempre vem ao meu auxilio e me socorre.
Hoje, essa simples homenagem. Eu te amo, mamis!
Paz e Bem!
Ai Aninhaaaa! Que lindo, que lindoooo!
ResponderExcluirEu sei BEM o que é isso. Como pode esses seres chamados mãe serem tão esquisitos e perfeitos?! Um beijo pra sua mãe! E quando eu encontrar a minha mais tarde vou apertar tanto até ela dizer chega! rs Bjokas
Olá Paulinha, aqui é a Evelyn, amiga da Rafa!
ResponderExcluirQue bonito o seu blog!
mãe é mesmo um ser precioso!
Bjs e tudo de bom pra vc!
Paulinha, vc esqueceu de escrever: "Que doido!"
ResponderExcluirhuahuahaua
a cara da tia!
bjs, bicha feia!
Mãe amorosa e forte, Socorro, que mulher admirável!
ResponderExcluirFilha forte e amante da vida, Simplesmente uma mulher encantadora!
Sua família é repleta de luz, fé e força! Uma família de mulheres fortes, com o Pai sempre presente. Sinto muito orgulho por ter vocês na minha vida, exemplos de garra e de conquistas!
Te amo demais minha irmã, minha amiga!!! Você sempre está presente na minha alma!
Beijos, minha simplesmente Ana. =)
lindo lindo lindo!
ResponderExcluirtem coisas que a gente descobre só quando é mãe, né? essa força toda é coisa de mãezona mesmo!
te adoro lindona!
beijao
aline e johnny
Te amo demaisssssssssssss
ResponderExcluirDona Socorro é uma guerreira.. eu a admiro muito... um beijão para ela e para você Paulinha... Giovanni
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